sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Top 10 Melhores Práticas em Projetos com Oracle Data Integrator

Pessoal,

segue um artigo interessante sobre melhores práticas em ETL usando o ODI.

Esse post assume que o leitor tem alguma familiaridade com o Oracle Data Integrator.
O Oracle Data Integrator (ODI) é um produto muito poderoso quando utilizado corretamente. Infelizmente, alguns erros podem levar a resultados desastrosos em projetos de integração de dados. Nesse post abordo 10 melhores práticas para evitar os erros mais comuns em projetos com Oracle Data Integrator.

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Até mais,

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O que é ser um bom consultor?

Me lembro do meu primeiro (e único) processo de seleção em uma empresa de consultoria. Tivemos que fazer uma prova de conhecimentos gerais, uma prova de inglês, uma dinâmica de grupo, uma entrevista com um gerente e entrevistas com dois sócios. A cada etapa o número de candidatos ia diminuindo. Se para entrar no processo o meu currículo (engenharia em uma boa universidade do RJ) foi importante, na medida em que as etapas iam sendo superadas, percebia que cada vez mais ele deixava de ser relevante. As entrevistas buscavam avaliar sobretudo as habilidades não técnicas, como capacidade de argumentação, eloquência e relacionamento inter-pessoal, entre outras. Ao final do processo, o grupo selecionado era formado pelos candidatos com maior potencial para se tornarem bons consultores. E afinal de contas, o que é ser um bom consultor?

Para responder a esta pergunta, precisamos detalhar o processo de formação/amadurecimento de um consultor. Podemos agrupar as habilidades necessárias para um consultor em três grupos:

- habilidades técnicas (codificação, testes)
- habilidades de coordenação (prazos, consultores, projetos)
- habilidades de relacionamento (equipe, clientes, parceiros)

Ao entrar na empresa, o consultor é cobrado sobretudo pelas suas habilidades técnicas. É uma fase de aprendizado, seja de uma ferramenta, seja de uma metodologia ou de qualquer outro instrumento utilizado pela empresa para entregar projetos aos clientes. Durante este período, o consultor deve focar em entregar produtos de qualidade.

Na medida em que vai adquirindo experiência e que vai confirmando suas habilidades técnicas, o consultor começa a ser demandado por habilidades de coordenação. Ele passa a ser responsável não só pelo seu trabalho, mas também pela entrega (qualidade e prazo) do trabalho de terceiros.

A partir do momento em que demonstra domínio do processo de coordenação de pessoas e projetos, o consultor passa a envolver-se na gestão do relacionamento, intermediando negociações com clientes, parceiros e com a própria equipe de consultores. Em outras palavras, o consultor passa a assumir funções comerciais e de gestão. Participa do processo de venda de novos projetos e ajuda na continuidade dos projetos já existentes.

Não existe um prazo pré-definido para o amadurecimento do consultor, mas de uma forma geral, leva-se cerca de cinco anos para o consultor completar o ciclo descrito acima.

O Crescimento do Consultor na Empresa

As empresas de consultoria normalmente são estruturadas de forma piramidal, sendo a base da pirâmide, mais ampla, formada por consultores iniciantes, enquanto que no topo (mais estreito) estão aqueles mais experientes.

Na medida em que se desenvolve e amadurece, o consultor caminha da base da pirâmide em direção ao topo. Como a base é mais larga que o topo, obviamente está implícito um processo de seleção no qual apenas os melhores consultores, os talentos, crescem. Os demais consultores ou se estabelecem em determinado nível intermediário da pirâmide, ou acabam saindo da estrutura. A evolução/crescimento do consultor está diretamente ligada ao domínio das habilidades de venda e entrega.

Voltamos então à pergunta original: O que é ser um bom consultor? Em poucas palavras, é saber vender e saber entregar.

Até mais,

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

ROI em projetos de BI

Existe uma pergunta que me fizeram há quinze anos, para a qual até hoje ainda não encontrei uma resposta convincente. A pergunta é: "- como posso calcular o ROI do meu BI?". Neste artigo tentarei explicar o porquê desta dificuldade.

O termo ROI significa "Return On Investment", que é basicamente a relação entre o dinheiro empregado em um investimento e o retorno financeiro do mesmo. É comum e recomendável que, antes da realização de um determinado investimento, antes de optar pelo go/non-go da oportunidade, o investidor faça uma análise do ROI, para avaliar o risco envolvido.

O indicador ROI funciona muito bem em processos cujos resultados financeiros, antes e depois do investimento, podem ser medidos e comparados em bases numéricas tangíveis, por exemplo:

- produtividade de fábrica
- mercado de ações
- compra e venda de imóveis

No caso de projetos de BI, o retorno é "medido" na maioria dos vezes por indicadores intangíveis, ou seja, difíceis de serem transformados objetivamente em números. Os verdadeiros ganhos obtidos são relacionados a uma maior velocidade de acesso e controle da informação para a tomada de decisão. Listo a seguir alguma perguntas que refletem problemas típicos das empresas, e que são resolvidos através do BI:

“Você já teve que tomar alguma decisão baseada em dados incompletos ou incorretos?”

“Quanto tempo seus analistas gastam para montar as análises e para realmente analisar?”

“Como você consegue obter e analisar as tendências, exceções, desvios, etc.?”

“Quão difícil é para você confrontar / analisar o planejado com o realizado?”

“Como você identifica os mais ou menos rentáveis produtos, clientes, fornecedores?”

“Quão difícil é você reorganizar seu negócio e fazer isso ser refletido nas suas análises, inclusive históricas?”

Já li diversos artigos sobre como calcular o ROI de projetos de BI, mas nenhum deles me convenceu. A maioria deles propõe fórmulas para cálculos de redução de custos a priori (ex: redução do tempo de geração dos relatórios gerenciais). O problema é que nos projetos de BI, os ganhos efetivamente tangíveis, quando reconhecidos, os são sempre a posteriori, e é praticamente impossível prever estes casos antecipadamente, e consequentemente utilizá-los no processo de venda, seja ela interna ou externa.

Atualmente, graças ao amadurecimento do mercado de TI e ao trabalho de analistas especializados, a maioria das empresas/CIOs enxerga BI como algo indispensável para a sua empresa, assim como o telefone, o notebook e a internet. Na maioria dos casos, a pergunta não é mais se é necessário um BI, mas sobre quais condições implementá-lo. Mesmo assim, é sempre bom ficar atento e "fotografar" cenários do dia-a-dia da empresa onde nitidamente a presença do BI contribuiu para aumentar a sua lucratividade.

Como o BI, por refletir o modelo de gestão da empresa, sofre um processo continuo de mudanças e consequentemente necessita de novos investimentos, a constatação da obtenção de ganhos tangíveis pode dar fôlego e confiança necessários para a continuidade do BI no ciclo gerencial da Empresa.

Até mais,