quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Os pilares de um projeto de BI

Os projetos de BI/EPM podem ser divididos, estruturalmente, em três pilares distintos, a saber:

- pilar conceitual
- pilar de modelagem de dados e meta-dados
- pilar de integração de dados

Neste artigo pretendo realizar uma análise sucinta das principais características de cada pilar, focando nos seguintes aspectos:

- valor agregado para o negócio
- esforço de implementação
- principais interlocutores na empresa

Pilar Conceitual

Todo projeto precisa trazer valor para o negócio, e portanto, precisa estar alinhado com o modelo de gestão da empresa e com os requisitos do usuários.
A atividade de levantamento de requisitos, indicadores de desempenho e seus atributos, é um trabalho de definição de conceitos, que por sua natureza, está muito mais próxima da área de negócios da empresa do que da área de TI, e por isso, os interlocutores típicos desta atividade são os futuros usuários das informações a serem geradas.
Por outro lado, a atividade de desenho conceitual não é uma atividade de grande esforço de implementação. É uma atividade muito mais "cerebral" do que "física", ou seja, os riscos estão muito mais em gerar um desenho conceitual desalinhado das necessidades de negócio do que "estourar" o orçamento do projeto devido ao consumo excessivo de horas.

Resumidamente, podemos classificar este pilar da seguinte forma:

Valor agregado ao negócio: alto
Esforço de implementação: baixo
Principal Interlocutor: área de negócios (usuária)

Pilar de Modelagem e Dados e Meta-dados

A modelagem de dados e meta-dados consiste na tradução dos requisitos dos usuários (conceitos) para uma linguagem técnica, que permitira a parametrização de um determinado software (tabelas, colunas, regras de negócio, rotinas de cálculo e consolidação, etc.) de BI/EPM.
Por lidar tanto com conceitos de negócio quanto com aspectos técnicos, as atividades deste pilar requerem um esforço conjunto das áreas usuárias e de TI.
Aqui o grande desafio é definir uma estrutura de dados flexível (pois o modelo de negócios das empresas está em constante evolução) e ao mesmo tempo robusta e que performe adequadamente.
Erros na definição do escopo (conceito) podem gerar um aumento considerável no esforço de implementação deste pilar. Uma outra atividade que consome esforços consideráveis é o "tunning" do modelo de dados.

Resumidamente, podemos classificar este pilar da seguinte forma:

Valor agregado ao negócio: médio
Esforço de implementação: médio
Interlocutor: meta-dados (negócios) ; dados (TI)

Pilar de Integração de Dados

De nada adianta construir um sistema de informações bem conceituado e com modelagem robusta e flexível se a qualidade dos dados for pobre.
A atividade de integração de dados, segundo o Gartner group, consome cerca de 60% a 80% dos esforços de projeto de BI/EPM. Avaliações erradas neste pilar podem levar o projeto a grandes atrasos. Problemas cadastrais, duplicidade de informações e /ou de fontes de dados, são os típicos vilões que precisam ser mapeados antecipadamente, a fim de mitigar os riscos.
Por sua natureza mais técnica, as atividades de integração geralmente ficam a cargo da área de TI, sendo a área usuária a responsável pela validação das informações após o processo de integração.

Resumidamente, podemos classificar este pilar da seguinte forma:

Valor agregado ao negócio: baixo
Esforço de implementação: alto
Interlocutor: área de TI

Até mais,

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Relfexões sobre o mercado de BI

O mercado de BI/EPM passou por uma profunda movimentação durante o ano de 2007. A largada foi dada pela Oracle, gigante do mercado de TI, que em março de 2007 adquiriu a Hyperion (uma das mais de 50 aquisições que fez em pouco mais de três anos). Logo depois, em outubro, a SAP comprou a BO e em seguida, em novembro, a IBM arrematou a Cognos. Pronto! em pouco menos de um ano, três das maiores empresas de TI foram ao mercado e complementaram as suas ofertas com soluções de BI/EPM.

Qual foi o impacto destas aquisições no mercado de serviços de TI?

Com a consolidação do mercado , a prática de BI/EPM deixou de ser vista como um nicho e passou a ser um atrativo mercado para as grandes empresas de serviços, sobretudo pela sua ligação íntima com as aplicações de ERP. Com o amadurecimento dos ciclos de implantação dos ERPs no mercado brasileiro, naturalmente as empresas começaram a focar seus investimentos na geração de informações para a tomada de decisão. Se, por um lado, a implantação dos ERPs acabou com o pesadelo do legado de inúmeros sistemas transacionais desconectados, pelo outro, a maioria das empresas ainda possui um sistema de informações gerenciais bem fragmentado, muitas vezes departamental, e consequentemente sem a qualidade e velocidade desejadas pelos executivos.

Além disso, com a incorporação das empresas de BI, as grandes empresas de TI trouxeram de carona para o negócio antigos parceiros de serviços outras soluções que passaram a ver BI/EPM como uma oportunidade para aumentar as suas vendas. Muitos destes oportunistas, embora não tivessem a menor qualificação para atuar na área, possuíam bom posicionamento junto ao parceiro e ao cliente, e conseguiam bons projetos que normalmente acabavam em fracassos por falta de competência.

Em outras palavras, hoje há um espaço a ser ocupado no mercado de serviços de TI. De um lado os clientes demandam por empresas de serviços que possam oferecer soluções de BI/EPM com competência e robustez (cenário de globalização). Do outro lado, temos um mercado dividido entre as grandes empresas de serviços que ainda não se estruturaram para atender às novas demandas de BI/EPM e as pequenas (e poucas) empresas especializadas que não têm fôlego para atender ao mercado.

É dentro deste contexto que a CPM Braxis, gigante do mercado de serviços de TI latino americano e a Dimensi, uma pequena empresa de BI/EPM, reconhecida no mercado pela excelência/competência dos seus serviços e por ser uma formadora de novos talentos, fizeram o primeiro movimento real e significativo no mercado brasileiro para ocupar este espaço e ser a referência para o mercado quando se pensar em BI/EPM.

Até mais,