Existe uma pergunta que me fizeram há quinze anos, para a qual até hoje ainda não encontrei uma resposta convincente. A pergunta é: "- como posso calcular o ROI do meu BI?". Neste artigo tentarei explicar o porquê desta dificuldade.
O termo ROI significa "Return On Investment", que é basicamente a relação entre o dinheiro empregado em um investimento e o retorno financeiro do mesmo. É comum e recomendável que, antes da realização de um determinado investimento, antes de optar pelo go/non-go da oportunidade, o investidor faça uma análise do ROI, para avaliar o risco envolvido.
O indicador ROI funciona muito bem em processos cujos resultados financeiros, antes e depois do investimento, podem ser medidos e comparados em bases numéricas tangíveis, por exemplo:
- produtividade de fábrica
- mercado de ações
- compra e venda de imóveis
No caso de projetos de BI, o retorno é "medido" na maioria dos vezes por indicadores intangíveis, ou seja, difíceis de serem transformados objetivamente em números. Os verdadeiros ganhos obtidos são relacionados a uma maior velocidade de acesso e controle da informação para a tomada de decisão. Listo a seguir alguma perguntas que refletem problemas típicos das empresas, e que são resolvidos através do BI:
“Você já teve que tomar alguma decisão baseada em dados incompletos ou incorretos?”
“Quanto tempo seus analistas gastam para montar as análises e para realmente analisar?”
“Como você consegue obter e analisar as tendências, exceções, desvios, etc.?”
“Quão difícil é para você confrontar / analisar o planejado com o realizado?”
“Como você identifica os mais ou menos rentáveis produtos, clientes, fornecedores?”
“Quão difícil é você reorganizar seu negócio e fazer isso ser refletido nas suas análises, inclusive históricas?”
Já li diversos artigos sobre como calcular o ROI de projetos de BI, mas nenhum deles me convenceu. A maioria deles propõe fórmulas para cálculos de redução de custos a priori (ex: redução do tempo de geração dos relatórios gerenciais). O problema é que nos projetos de BI, os ganhos efetivamente tangíveis, quando reconhecidos, os são sempre a posteriori, e é praticamente impossível prever estes casos antecipadamente, e consequentemente utilizá-los no processo de venda, seja ela interna ou externa.
Atualmente, graças ao amadurecimento do mercado de TI e ao trabalho de analistas especializados, a maioria das empresas/CIOs enxerga BI como algo indispensável para a sua empresa, assim como o telefone, o notebook e a internet. Na maioria dos casos, a pergunta não é mais se é necessário um BI, mas sobre quais condições implementá-lo. Mesmo assim, é sempre bom ficar atento e "fotografar" cenários do dia-a-dia da empresa onde nitidamente a presença do BI contribuiu para aumentar a sua lucratividade.
Como o BI, por refletir o modelo de gestão da empresa, sofre um processo continuo de mudanças e consequentemente necessita de novos investimentos, a constatação da obtenção de ganhos tangíveis pode dar fôlego e confiança necessários para a continuidade do BI no ciclo gerencial da Empresa.
Até mais,
O termo ROI significa "Return On Investment", que é basicamente a relação entre o dinheiro empregado em um investimento e o retorno financeiro do mesmo. É comum e recomendável que, antes da realização de um determinado investimento, antes de optar pelo go/non-go da oportunidade, o investidor faça uma análise do ROI, para avaliar o risco envolvido.
O indicador ROI funciona muito bem em processos cujos resultados financeiros, antes e depois do investimento, podem ser medidos e comparados em bases numéricas tangíveis, por exemplo:
- produtividade de fábrica
- mercado de ações
- compra e venda de imóveis
No caso de projetos de BI, o retorno é "medido" na maioria dos vezes por indicadores intangíveis, ou seja, difíceis de serem transformados objetivamente em números. Os verdadeiros ganhos obtidos são relacionados a uma maior velocidade de acesso e controle da informação para a tomada de decisão. Listo a seguir alguma perguntas que refletem problemas típicos das empresas, e que são resolvidos através do BI:
“Você já teve que tomar alguma decisão baseada em dados incompletos ou incorretos?”
“Quanto tempo seus analistas gastam para montar as análises e para realmente analisar?”
“Como você consegue obter e analisar as tendências, exceções, desvios, etc.?”
“Quão difícil é para você confrontar / analisar o planejado com o realizado?”
“Como você identifica os mais ou menos rentáveis produtos, clientes, fornecedores?”
“Quão difícil é você reorganizar seu negócio e fazer isso ser refletido nas suas análises, inclusive históricas?”
Já li diversos artigos sobre como calcular o ROI de projetos de BI, mas nenhum deles me convenceu. A maioria deles propõe fórmulas para cálculos de redução de custos a priori (ex: redução do tempo de geração dos relatórios gerenciais). O problema é que nos projetos de BI, os ganhos efetivamente tangíveis, quando reconhecidos, os são sempre a posteriori, e é praticamente impossível prever estes casos antecipadamente, e consequentemente utilizá-los no processo de venda, seja ela interna ou externa.
Atualmente, graças ao amadurecimento do mercado de TI e ao trabalho de analistas especializados, a maioria das empresas/CIOs enxerga BI como algo indispensável para a sua empresa, assim como o telefone, o notebook e a internet. Na maioria dos casos, a pergunta não é mais se é necessário um BI, mas sobre quais condições implementá-lo. Mesmo assim, é sempre bom ficar atento e "fotografar" cenários do dia-a-dia da empresa onde nitidamente a presença do BI contribuiu para aumentar a sua lucratividade.
Como o BI, por refletir o modelo de gestão da empresa, sofre um processo continuo de mudanças e consequentemente necessita de novos investimentos, a constatação da obtenção de ganhos tangíveis pode dar fôlego e confiança necessários para a continuidade do BI no ciclo gerencial da Empresa.
Até mais,
Fala Nicola, os posts estão muito bons! Parabéns!
ResponderExcluirConcordo plenamento que na maioria das vezes os indicadores de BI são intangíveis.
ResponderExcluirBom artigo.
Abraços